Como países com envelhecimento populacional avançado estão adaptando seus sistemas previdenciários?

Ekaterina Cuéllar - Manuel García Huitrón - Waldo Tapia

Ekaterina Cuéllar - Manuel García Huitrón - Waldo Tapia

A América Latina e o Caribe estão no processo para se tornar uma região envelhecida. As projeções populacionais das Nações Unidas não deixam margem para dúvidas: nas próximas décadas, a região enfrentará um cenário de baixas taxas de natalidade e aumento da longevidade. Em 2050, a estrutura populacional da região já não terá a forma de pirâmide, mas sim de coluna. E, por volta de 2060, a população deverá deixar de crescer, ou poderá até diminuir.

E, como está acontecendo em outras regiões do mundo, o processo de envelhecimento da população na América Latina e no Caribe também traz desafios para os sistemas previdenciários. O aumento da longevidade alterará o equilíbrio entre a capacidade de proporcionar aposentadorias dignas para grandes parcelas da população e de manter esse benefício ao longo do tempo. Em alguns casos, os valores das aposentadorias podem diminuir em relação aos níveis atuais, ou as taxas de contribuição podem ter que aumentar para níveis que dificultariam a criação de empregos formais. Diante deste cenário, como nossa região pode se preparar para transformar o desafio do envelhecimento em uma oportunidade?

Ainda que a América Latina e o Caribe tenham atualmente realidades muito diferentes das de países com processos de envelhecimento mais avançados, como Japão, Dinamarca, Nova Zelândia, Suécia ou Cingapura, podemos aprender com a experiência desses países e adaptá-las à nossa realidade.

Japão, o país mais envelhecido do mundo

O Japão está mergulhado no processo de envelhecimento mais expressivo da história. De acordo com as projeções oficiais do governo, a população deverá diminuir em 44 milhões de pessoas entre 2008 e 2100, como resultado da baixa fertilidade e da migração compensatória insuficiente. Ao mesmo tempo, o Japão ostenta a maior expectativa de vida do mundo – 85 anos de estimativa ao nascer – sendo que seus cidadãos gozam do maior tempo de aposentadoria, com uma média de quase 25 anos.

Essas tendências representam um grande desafio para a sustentabilidade do sistema previdenciário do país. Embora as aposentadorias proporcionadas sejam relativamente modestas e precisem ser complementadas por meio de recursos privados, por si só elas representam um gasto público equivalente a 10,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Estima-se que o envelhecimento da população poderia levar a um aumento adicional nos gastos sociais de cerca de 5 pontos percentuais do PIB entre 2020 e 2060. Leia mais…

Ekaterina Cuéllar - Manuel García Huitrón - Waldo Tapia

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